"Time just fades the pages

in my book of memories"



Carta ao (meu) Amor


Estranho amor que me consome, devora e não deixa sobra de mim. Já te amava antes de te conhecer. Lembro-me de estar na Ribeira com o Tom Sawyer a falar de ti… ele na penúria amorosa e eu completamente envolta na tua candura. Falava, falava, falava… como quem falar num tesouro… sim, és o meu tesouro. Um tesouro que me deu outro tesouro.
Por vezes sinto que não cuido de ti, pelo menos como os tesouros devem ser tratados… com tempo, dedicação… mas sei que sabes o que significas para mim, sei que sabes que te amo, sei que sabes o quanto te quero. O nosso fruto é a tradução de tudo isto. Não o poderia traduzir melhor.
Por tudo isto não quero ouvir desculpas por nada, nem de nada… dói ainda mais ouvir a desculpa. Recorrendo a um cliché, as desculpas não se pedem, evitam-se, e a desculpa que pediste podias tê-la evitado. No entanto, não evitaste.
Tudo passa e as palavras ditas vão perder-se na intensidade do nosso amor, na cumplicidade dos nossos olhares, na beleza da nossa filha.
Quero-te sem mágoas e sem remorsos (… e sem repetições, porque tudo é eterno enquanto dura).

Da tua Maria
SG

1 Comments:

Guy de Maupassant disse...

Errar é humano mas perdoar é divino....

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